quinta-feira, 9 de novembro de 2017

25 Anos


Este rosto tem 25 anos. Um corpo de 25 anos. 25 anos de vida. Uma vida de 25 anos. E muitas perguntas, muitos "nadas", atropelos, preguiças, nãos, sims, músicas, não-músicas, danças, movimentos voluntários/involuntários, sonos, causos, risos, sorrisos, só risos... Incontáveis acontecimentos, muitos por vezes esquecidos, lembrados e relembrados, revividos.
Hoje eu tenho vinte e cinco anos de vida e isso me faz pensar que a cada dia é mais um dia perto de alguma coisa que eu não sei o que é, e cada dia mais distante do meu ponto de partida inicial. E eu vou olhando pra trás e me distanciando, indo pra um lugar que é perdido e pode ter uma chave lá, ou a chave está nas minhas mãos? Ou amarrada ao meu pescoço? Ou escondida no meu bolso nu? 
Às vezes eu imagino que o tempo tá acabando. Sempre tenho a sensação que o tempo tá acabando, mas não é o tempo, não é a natureza... sou eu, admito que sou eu. Eu estou acabando a cada dia. E já estou vinte e cinco anos terminada e começando todo dia. Todos os dias que acordo, que abro os olhos no escuro, são dias que recomeçam e que se vão efemeramente. As coisas fluídas só passam e deixam em mim fluidez; as solidez parecem rígidas, na verdade só deixam fluidez. E tudo, e todos, vão passando e adorando este rosto, este corpo, esta alma de vinte e cinco anos. E tudo e todos compõem esta vida de vinte e cinco anos. 
É... parece simbólico vinte e cinco anos, mas já parei pra pensar que é a metade dos cinquenta, próximo dos trinta, e trinta tá ali perto de quarenta. E lá se vai uma vida baseada em números e matemática pura, física quântica e química visível. Sou um corpo feito puramente de assuntos que não me agradam. Meus cabelos estão ficando cada vez maiores, minhas medidas maiores, minha pele se trocando a cada novo dia, momento. Meu rosto não é liso, nem sem manchas, e quanto mais o tempo passa, mais meu corpo sente, de forma matemática, numerosos traços de rugas, pintas do tempo, do Sol, da luz artificial, da água que me banha, dos alimentos que como (nada muito saudável). E, enfim, assim se faz um rosto, um corpo, de vinte e cinco anos. 
Eu olho as minhas fotos de infância e penso "como essa criaturinha conseguiu sobreviver a tudo isso!? olha que olhar e sorriso sem malícia, sem dor, só existe!" Só existe. E há dor? Um corpo de vinte e cinco anos sem dor? Um rosto de vinte e cinco anos sem dor? Que vigor! 
Na verdade o peso da idade pesa... É redundante mesmo, sem correções. Não há tempo para correções, nem para SEs. Tenho gastado muito tempo dormindo, pensando, deixando pra depois. E quando vai ser o momento de agora? Eu estou vivendo? Acho que acho que sim... Da minha maneira. Julguem quem quiser; falem quem quiser; briguem quem quiser; essa é a minha vida de vinte e cinco anos e já que você já gastou a sua, não queira intervir na minha. Deixa eu me encontrar sozinha, mas combino contigo que se quiser me dar uma pista de onde está a chave eu aceito. Não sou tão esperta assim pra encontrar sozinha... 
Há quem pense que sou uma lesma, e qual é  o problema em ser uma lesma? Eu sim sou uma lesma, meu tempo é meu e não quero que ele se torne seu. Faça do seu um tempo bom e deixe que o meu eu sei com o que/como/onde/quem gastar. "Eu não tô fazendo nada e você também".
Aliás vinte e cinco anos são muitos tempos pra gastar com o que for. Se for (mais uma vez a matemática) enumerar posso dizer a mim que não foram gastos em vão. O que me perturba mesmo é ter perdido com coisas ou pessoas que me fizeram gastar a toa. Tempo não se gasta assim! 
Com vinte e cinco anos deve-se usar para novas propostas. Mas me diga, que propostas são essas!? Ah, sim! Claro! Aquelas que tu expõem pra todo mundo! Sim, essas. Então, que tal começar a utilizar seu tempo com práticas concretas? Para construir uma casa? Não! Concretas, realizáveis. Achei que tu, com vinte e cinco anos, já pudesse pensar por si mesma; realizar seus planos meio malucos. 
Pois é, mas o que é que falta pra começar a pôr em prática as suas vontades de realizar as coisas pequenas e boas que vão mudar um pouquinho o mundo ao redor, a sua contribuição pra sociedade como criaturinha formada em algo. Menina de vinte e cinco anos você está meio sem créditos. Dizem por aí que tu faz coisa se que não faz: atriz sem atuar, cantora sem cantar, professora sem lecionar... Menina de vinte e cinco anos com aquele rosto parece que você é a própria fraude dos mundos extrahumanos. Não! Eu não disse nada disso. As pessoas só gostam de criar coisas a respeito das outras.
Sabe que eu acho (acho mesmo porque não estou a pé de ter certeza das coisas) que vinte e cinco anos é a idade de muitas descobertas, de novos desafios. É uma pena que as pessoas que já gastaram seus vinte e cinco anos não possam mais revivê-los a ponto de pensar ser uma atriz sem atuar. Eu atuo todos os dias e não sou uma falsa atriz. Eu canto o melhor e mais bonito pra mim e para quem quiser ouvir. Sou a estrela do meu próprio céu. A rainha do meu inferno. Sou a mulher de vinte e cinco anos que se diverte sozinha consigo mesma e não precisa mostrar pra alguém. Porque eu sou louca e isso não precisa ser visível pra quem queira ver. 
Eu me desafio, me proponho, me divirto, me invento, me acaricio, me mordo, me sinto, me permito, me me me me me quero. 
Não, não quero me queiras, só aceite isso como um presente pra ti. Vinte e cinco anos. Sabe de uma coisa, eu te amo todo dia, seja você numericamente mais nova ou mais velha, com aquele rosto ou com o de uma criança, porque tu és a melhor pessoa que me acompanham.

Com amor. 

domingo, 6 de março de 2016

Professor

Estava relendo uma velha agenda que tenho desde o ano de 2008. Sim, é uma agenda de 2008 que guardam escritos de vários anos. Ela não está preenchida, talvez eu consiga escrever até minha velhice, se conseguir chegar na velhice, pode ser que eu fique pelo caminho, mas isso não vem ao caso agora porque eu continuo viva e com saúde. O fato é que nesta agenda exitem Naíses, a que tinha 16 anos, a de 19 anos, e agora a Naíse de 23 anos, essa atual menina. Lá estão guardados pensamentos que dizem quem eu fui, e, na realidade, a essência é a mesma, o que muda são formas de pensar e agir. 
Relendo algumas páginas percebi que meus sonhos permanecem iguais, uma louca vontade de desbravar o mundo, conhecer o que pra mim é desconhecido, mesmo que já tenham mostrado milhares de vezes na TV ou em redes sociais, eu nunca estive lá, portanto, ainda é desconhecido para mim. 
Retornar para essas memórias me ajuda conhecer quem eu sou, o que eu sou e para o que eu vim, dúvidas que não serão sanadas nem mesmo em cem anos de existência, mas me fazem perceber o quanto eu estou amadurecendo, talvez eu fique tão amadurecida que vire uma pedra.
Hoje tenho uma formação. Sou licenciada para dar aulas de música. A minha maior dúvida, que por vezes tive certeza de que poderia responder positivamente durante o curso, é: eu realmente quero ser professora?
Sinceramente não sei se esse seria o meu propósito, creio que todos aprendem com todos, sejam as pessoas licenciadas ou não. Ter um diploma não significa estar apto para atuar como professor, engenheiro, médico, astrônomo, seja lá que profissão for. Acredito que é necessário estar preparado para lidar com as realidades que estão fora da academia. 
Descobri que o mundo não é um mar de rosas e nunca será, a menos que, em conjunto, as pessoas construam um lugar melhor para viver. E isso compete a todos os cidadãos, desde a criança até o ser mais velho do mundo. 
Sei que o conhecimento não se passa, são redes de compartilhamento de saberes. Uma criança nunca é somente uma criança, ela é detentora de saberes que ajudam a completar o outro. E é preciso que os jovens estejam atentos aos saberes dos mais velhos. É preciso que exista uma relação de respeito entre os homens. 
Respeito, é exatamente o que precisamos. Precisamos respeitar uns aos outros. 
Ser professor não é ser detentor de todo o conhecimento, isso já está mais do que claro. Ser professor é ser nobre. Não é estar acima, nem abaixo, é estar ao lado, aprendendo e ensinando. Para ser professor precisa ter amor ao que faz, saber cativar o outro, e isso não é tarefa fácil. 
Para mim é muito doloroso ser professor. Não somente porque recebem baixos salários, mas porque lidar com seres humanos é muito difícil. São os estudantes, os pais, a coordenação, a diretoria, o governo, e si mesmo. Confrontos externos e internos. É necessário saber separar o trabalho da vida pessoal, mas para mim ainda é muito complicado. Por esta razão não esteja apta para ser professora e essa é apenas uma das minhas desculpas. Eu acredito na profissão e que meus colegas darão o melhor de si para contribuir com vidas, e eu mesma faria minha parte com toda competência, mas, por hora, essa não é a minha opção. 
Enquanto não decido meu caminho, vou estudando e aprimorando meus conhecimentos para que um dia possa atuar com carinho, dedicação, música e amor, da maneira mais nobre que possa ser.  

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Quarenta Anos

Um homem. O que pensar sobre um homem? Força? Talvez. Segurança? Quem sabe. Animal? Sim, um animal, mas não aquele tipo de animal sensível e sim os perversos que matam pelo puro prazer de ver a morte do outro. Este homem animal tem quarenta anos, no entanto ele não é um animal perverso e nem sensível, e nem sei se poderia chamá-lo de homem. 
O homem de quarenta anos não vive, apenas sobrevive e não as suas próprias custas. Como um ser parasita ele ainda sobrevive dependendo do leite materno, da caça do pai, da comida dada mastigada na boca. Um homem de quarenta anos! 
Quando ele crescerá? Talvez nunca aprenda a andar com as pernas sadias. Seu corpo forte não traz segurança, não consegue não ser bruto. Sua mente não pensa. Suas palavras soam como de uma criança que está aprendendo a falar, ela não raciocina o que diz, só repete. Um homem de quarenta anos parado no espaço-tempo (sabe-se lá se ele conhece o termo espaço-tempo). 
Um homem sem sentimentos aparentes... Não se sabe o que pensa de verdade, talvez não pense. Como um disco parado na mesma música. Repete as mesmas coisas, incapaz de reiventar-se. Quando este homem de quarenta anos tornar-se-á um homem de quarenta anos com responsabilidades? Não sei, ele morrerá assim e não perceberá a vida passar. 
Os dias do homem de quarenta anos são todos iguais: acorda pela manhã, assiste TV, caminha numa esteira, almoça antes de todos ao meio dia, assiste tv durante a tarde pensando estar completamente informado, assiste tv durante a noite pensando estar mais informado ainda, dorme a noite toda.
Segunda-feira ele pretende arranjar um emprego, mas hoje não, hoje está muito quente, talvez na primeira segunda de agosto porque ele está de férias neste mês de julho. Ou quem sabe ele não estenda as férias até dezembro e comece a procurar emprego no ano par?
Um homem de quarenta anos que não tem suporte para a própria vida, que mama nos seios da mãe, quem não possui qualquer perspectiva, tem um filho de um ano. Até que parece ser um humano enquanto cuida do filho, só que sua dependência não o deixa ir além de um simples dar carinho e brincar. Um homem rude não sabe cuidar de uma criança. Suas poucas palavras com o filho são grosseiras e sem cuidado, uma criança que espero que não seja como este pai. 
A vida do homem de quarenta anos passa lentamente e sem emoção, e sua única diversão é a bebida e conversa aos fins de semana com homens que parecem um pouco com ele... 
Este homem... Ah! Este homem com toda a sua ignorância é sábio sem saber, ensina a não ser como ele.

Ao meu tio, o homem de quarenta anos que me ajudou a escrever este texto.

NaíseS

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ballet da Poeira

Silêncio noturno
Bem ali, devagarinho, quietinho, vê se mexer algo
Não tem som, não tem vida, mas se mexe a medida que o vento sopra.
Silêncio noturno
Eis que surge de mansinho
Dentro daquele quarto habitado
Eis que surge...
Vem uma bem ali, devagarinho
Vem outra, bem levinho
Não faz som, é quieto.
O que seria? Você ainda não sabe?
É cria sua? Eu não sei, eu não sei
Estava aqui quando eu cheguei
Olha outra!
Eu vi agora! Mas como se forma?
De onde nasce? E nasce? Tem vida?
Não sei, não sei...
Está por toda a casa
Que há muito está inabitada...
Pensei que morassem pessoas lá
Naquele quarto
Nas paredes
No chão
Nos móveis
Se movem com o vento
Acumulam-se no tempo
São elas outra vez
E vêm dançando, caindo leve, sem fazer barulho algum
Uma poeira
Duas poeiras
Um quarto todo empoeirado
Duas pessoas empoeiradas
Quatro pessoas empoeiradas
Dançando, dançando,
Aquele balé da poeira
Quando elas irão embora? Elas não vão embora...
Já está em nós, dentro das narinas, dentro da alma
Alma empoeirada, suja, pneumática...
Vem bailando uma poeira dentro de mim
Duas poeiras caindo levemente
No silêncio da noite
Empoeirando tudo
No silêncio da noite
Empoeirando mudo
No silêncio da noite...

sexta-feira, 5 de junho de 2015

She

Boa noite, mundo! 

Atualmente as pessoas vivem presas e aficcionadas pelos telefones móveis. O acesso à internet foi facilitado e dificilmente encontramos jovens que não estejam conectados e sozinhos consigo mesmo. Eu mesma gostaria de me ver livre do meu telefone celular, mas não dá quando se sabe que Ela está tão distante e não posso ficar sem falar ou me comunicar, mesmo sabendo da Sua presença perto de mim. 
Se Ela não pertencesse ao meu mundo é provável que apenas vivesse como uma criança que descobre as coisas aos poucos e sem muito emoção. Ela me faz ver as coisas com emoção e meus descobrimentos agora são compartilhados, não via internet, mas pela conexão verdadeira entre as almas, e está nunca falha. Sem ela, eu estaria saindo e passeando comigo. Agora passeio com nós, enlaces, laços, sorrisos. Sem ela, continuaria falando sozinha com meus personagens de mim mesma. Com ela eu posso falar e ser real, ser eu mesma e ela é ela mesma, porque somos reais e verdadeiras, feitas na medida uma para a outra. Sem ela eu não acreditaria em mim, e agora acredito na fé e esperança que ela possui em mim e assim nos acreditamos e confiamos. Eu poderia agora estar escrevendo para qualquer pessoa sem algum sentimento, mas estou escrevendo para ela e com o sentimento mais nobre que nos foi concedido, e eu sei que ela lerá essas palavras com o sentimento mais nobre que nos foi concedido. Sem ela eu não viveria. Viveria sem ver a vida em toda a sua beleza. A beleza dos olhos dela melhora a vida. Sem ela eu não melhoraria minhas visões. Ela me ensinou a ver, enxergar com clareza e dúvidas. Por ela eu melhorei, por nós eu melhorei, cresci e amadureci, mas continuo sendo em essência aquela criança que ela tanto gosta. Poderia continuar a escrever um milhão de coisas, mas ela sabe que são aquelas pequenas coisas e momentos, que substituem qualquer milhão de palavras. Olhares, sorrisos, silêncio, carinho. Amor, amor, amor. É o que somos amor, amor, amor. Eu troco meu telefone celular e toda a internet do mundo pela sua presença ao meu lado a observar as estrelas! 

Com carinho e amor, Naíse. 

domingo, 31 de maio de 2015

Mudanças

Boa noite, mundo.

É interessante como os pensamentos surgem sem nem percebermos. Agora mesmo estava pensando em como, na medida que avançamos e vamos vivendo, tudo amadurece e muda. São os próprios pensamentos, o corpo físico, a alma. Será que as pessoas se dão conta dessa morte e vida diária? Algumas não chegam nem a cair de maduras, não sabem pra onde irão e não esperam por algo divino. Outras são assim, pensadoras, sonhadoras, realistas. Particularmente, prefiro não pensar em como será o futuro. Aliás, o futuro é sempre muito perto e muito longo, como a próxima palavra que escreverei: futuro. E logo todas as outras já fazem parte do passado, e aqui escritas, mantêm-se no presente. 
E este amadurecimento tem a ver com o tempo passado, o presente e o futuro. As mudanças advêm da vontade e força para querer transcender o que já foi. Planejar. Não sou do tipo de pessoas que faz planos conscientes para a ação futura, mas meu cérebro, inconscientemente, me prepara e planeja para tal ação, é como se ele não precisasse da minha vontade e simplesmente age sem que eu perceba. Ele me prepara para sentir. Sentir. 
Talvez seja isso que as pessoas já não façam mais... Isso me entristece e é por isso que eu não penso. Foi-se o tempo em que éramos inocentes, em que vivíamos sem nos preocupar com o certo e o errado, bem e mal. Não tinha medo das pessoas. Mesmo hoje, tempo presente, não tenho medo das pessoas, eu quero poder cuidá-las, mas elas não possuem cuidado comigo porque já não sentem mais. 
É tão bom quando topamos com alguma criatura que consegue ser cuidadosa e boa, e sem pedir algo em troca. São essas trocas, atenção, respeito, cuidado, amor, compreensão, companheirismo, cumplicidade, felicidade junto, alegrias momentâneas, e tantas outras coisas que nos faz crescer, engrandecer, ascender pro mais alto grau do que é ser humano. Tento ser melhor pra mim e para os que me pertencem, e para os que não me pertencem mas cruzam sem querer comigo. É assim que será até o fim dos dias. 

Com carinho, Naíse. 

Introdução ao mundo

Boa tarde, mundo. Gostaria de dizer muito bem-vindo mês de Junho, que começa amanhã, e para mim é o mês mais brilhante e alegre e festivo do ano! É a ante-sala de Julho, e o início do fim do ano.  

Bem, este ano concluo a universidade e me sinto muito feliz por estar terminando mais uma etapa da minha carreira estudantil, e logo estarei iniciando minha "jornada trabalhista" e isso me deixa triste e alegre... Não havia planejado ser professora, no entanto, é o que seguirei no momento. Até que ser professora de música não é o maior problema deste meu mundo - e eu nem tenho problemas e preocupações, além de minha obrigação com os estudos. 
E de pensar que está findando já me sinto com saudades de tudo que vivi nestes quatro anos passados.  E foi tão rápido! Olhando assim meio esguio. E aconteceram tantas coisas, tantos encontros e desencontros.
Gostaria de concluir também, junto da faculdade, o curso técnico de violão, parece que não termina nunca! E estou tão desleixada com os estudos... Talvez seja de fato uma mudança de foco; pode ser também um desânimo; pode ser desinteresse; pode ser tristeza; pode ser o professor; podem ser tantas coisas. Tenho tentado, estudado, e mesmo assim, seja lá o que for, a coisa persiste. 
Hoje estive estudando. Vou dizer: tiro um bom som do instrumento, e tenho uma boa leitura. 
Teimo em estudar peças que não fazem parte do meu repertório! São simples mas brilhantes, ricas (talvez não harmoniosamente). 
Sinceramente, tenho tocado muito bem, mas me falta técnica, falta conhecer mais. A última peça que tenho estudado chama-se Nocturne (op. 4 nº 2), de Johann Kaspar Mertz (1806-1856). O último estudo do livro Iniciação ao Violão - Volume II. 
Adoraria apresentá-la, mas pelo visto irei guarda-la por muito tempo comigo... Apreciação pessoal. Música para minha alma.